quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Enviei ontem o pré projeto de pesquisa.

Notem que eu coloco "transtornos mentais" num termo geralzão mesmo, eu tinha escolhido esquizofrenia, mas como a Profª Pediu para que os temas fossem escolhidos pela turma, eu enviei um email à turma perguntando se é melhor trabalhar com esquizofrenia ou T.A. Ainda estou aguardando resposta. Vou colar agora o pré projeto que eu enviei:


Projeto de pesquisa
Fatores de aderência ao tratamento de transtornos mentais dentro das narrativas dos itinerários terapêuticos do pacientes.
Introdução:
Este trabalho visa investigar a aderência ao tratamento de transtornos mentais de pacientes vinculados ao CAPS/HU.
Há pouca literatura sobre a aderência ao tratamento de transtornos mentais produzidos no Brasil, a maioria em nível secundário que tratavam mais sobre o abandono do tratamento do que sobre à aderência em si ( Cardoso, A. L. 2009). A maioria dos estudos encontrados tratam apenas das estatísticas, não se preocupando em investigar as causas do abandono ou da baixa aderência.
Temas correlacionados:
Itinerários terapêuticos, busca pelo tratamento, quem é a clientela, relações de gênero e parentesco, relações de trabalho, preconceito, comorbidades, relação médico-paciente, crenças, gravidade do transtorno segundo o próprio paciente, Impacto do diagnóstico, estigmas.
Objetivo geral:
Este trabalho visa através da análise de relações de gênero e parentesco, da análise de como os transtornos mentais afetam a vida social, econômica e afetiva dos pacientes, da análise dos itinerários terapêuticos, das crenças e noções gerais de cultura e bem estar que interferem na aderência do paciente ao tratamento de transtornos mentais.
Objetivo específico:
Este trabalho visa entender as razões da baixa aderência a tratamentos de transtornos mentais.
Métodos:
Serão feitas entrevistas com pacientes em tratamento de transtornos mentais no CAPS/HU. Serão entrevistas qualitativas nas quais os pacientes devem narrar seus itinerários terapêuticos.
Os critérios para a escolha dos entrevistados serão:
1) Estar atualmente em tratamento;
2) Responder à entrevista de livre e espontânea vontade.

Bibliografia:
ALVES, P.C. & MINAYO, M.C.S. Saúde e doença: um olhar antropológico. Ed. Fiocruz, 1998.
BECK, A. & FREEMAN, A. (Orgs) Terapia cognitiva dos transtornos de personalidade. Porto Alegre, Artes Médicas, 1993.
CARDOSO, A. L. A aderência à medicação em pacientes portadores de transtorno mental em uma Unidade Básica de Saúde. Tese de conclusão de curso, Florianópolis, 2009.
GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koogan, 4ª ed. 1988.
KLEINMAN, A.M. Patients and healers in the context of culture. Berkley, University of California Press.
MACEDO, L.C., LAROCCA, L.M., CHAVES, M.M.N. & MAZZA, V.A. Análise do Discurso: uma reflexão para pesquisar em saúde. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/icse/v12n26/a15.pdf

MUNSON, M.T. A “cultura da manequim”, anorexia nervosa e bulimia: uma reflexão sobre cultura e doença. Tese de mestrado, Florianópolis, 1998.
TUNDIS, S.A. & COSTA, N.R.(Orgs) Cidadania e loucura: Políticas de saúde mental no Brasil. Petrópolis, Vozes, 2ª ed. 1990.
VELHO, G. & DE CASTRO, E.B.V. O conceito de cultura e o estudo de sociedades complexas: uma perspectiva antropológica